Com desistência do governador, crescem as chances de acordo entre PT e partidos aliados e de disputa plebiscitária
A desistência do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, da disputa presidencial abriu caminho para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT) consolidar ampla aliança em torno de sua candidatura e reforçar a ideia da eleição plebiscitária, como quer o presidente Lula. Com o governador paulista José Serra (PSDB) como titular da vaga oposicionista, PP, PR e PTB, por exemplo, veem poucos empecilhos para emprestar apoio à petista.
Seja por convicção ou a fim de aumentar o cacife na negociação com Dilma e Lula, esses três partidos flertavam com eventual candidatura do governador mineiro e colocavam obstáculos para declarar apoio a Dilma. Engrossavam a lista setores PMDB, legenda da qual Aécio saiu antes de migrar ao ninho tucano. A discussão agora é sobre o ritmo e a fatura a ser apresentada nas negociações realizadas com o Palácio do Planalto.
Dentro de PR, PP e PTB, havia sentimentos ambíguos de comemoração e lamentação, apesar de muitos duvidarem dareal capacidade do político mineiro de enfrentar a hegemonia paulista do PSDB. "A saída de Aécio abriu caminho para a vitória de Dilma", disse o líder do PP na Câmara, Mário Negromonte (BA). Integrante da tropa de choque da ministra dentro da sigla, Negromonte elogiou a maior interlocução de Aécio com partidos da base aliada. "Dentro do Congresso, ele tem mais densidade que o Serra", emendou. O PP realizou levantamento interno sobre qual a opção para 2010. O resultado apontou uma clara tendência pró-Dilma, segundo o deputado.
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