2010 já inicia com um desafio para o Governador do nosso Estado. Além de fechar as alianças para compor a chapa majoritária, Eduardo Campos terá fazer uma reforma no secretariado, durante todo seu mandato o governador fez apenas mudanças pontuais na equipe.
Mas, até 3 de abril, prazo limite para quem exerce função pública e vai disputar a eleição se descompatibilizar do cargo, o governador terá substituir 10 secretários que vão concorrer a deputado federal, deputado estadual e senador. Para evitar acusações de uso eleitoral da máquina, o governador já teria, inclusive, decidido antecipar para fevereiro a desvinculação dos assessores. O secretariado passará por uma alteração significativa. Dos 14 titulares das pastas estaduais, cinco irão disputar a eleição: Danilo Cabral (Educação); Sebastião Oliveira (Transportes): Ângelo Ferreira (Agricultura e Reforma Agrária); Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Humberto Costa (Cidades). Além deles, João Lyra Neto vai se desligar da Secretaria da Saúde para tentar a reeleição de vice-governador.
A baixa na estrutura administrativa também vai atingir duas das nove secretarias especiais. Vão deixar os cargos Waldemar Borges (Articulação Social) e Aluizio Lessa (Articulação Política). Especula-se também que o secretário especial de Articulação Regional, José Patriota, deverá concorrer a deputado estadual. O empecilho seria, talvez, a recente nomeação dele para a pasta. Patriota substituiu o ex-secretário João Paulo (PT), que deixou o governo há pouco mais de um mês reclamando da falta de autonomia no gerenciamento da secretaria.
Nos bastidores do Palácio do Campo das Princesas, comenta-se que, na hora de escolher os substitutos, Eduardo deverá optar por quadros das próprias secretarias. A ideia é de trabalhar com pessoas que já têm conhecimento da máquina. Alguns socialistas acreditam que o critério de escolha não deverá causar ruídos com os partidos aliados, uma vez que eles estão integrados e comprometidos com a gestão. Sendo assim, não haverá necessidade de agregar novas forças.
Na Educação, por exemplo, o secretário executivo Nilton da Mota poderá ser uma opção para substituir Danilo Cabral. Outra hipótese, essa para Transportes, é do presidente do Departamento Estadual de Rodagem (DER), Eugênio Manuel do Nascimento Morais. Para a pastas das Cidades, a secretária executiva Ana Suassuna poderá ser convocada para ficar no lugar de Humberto Costa. Já Frederico Amâncio, secretário executivo de coordenação geral da Saúde, poderá substituir João Lyra Neto. Em dois casos específicos, no entanto, deverá acontecer costuras políticas. Para a Secretaria Especial de Articulação Regional, o governador poderá ouvir o ex-prefeito do Recife João Paulo em razão da polêmica criada em torno da saída dele do governo. O gesto seria uma forma de agradar o aliado, considerado uma peça importante no xadrez eleitoral de 2010.
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