A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) fará, nesta quarta-feira (24), o lançamento nacional da Marcha das Margaridas 2011. O ato encerra a programação do Seminário Nacional Marcha das Margaridas, que acontece de 22 a 24 de novembro, em Brasília.
O seminário vai reunir 160 lideranças femininas de diferentes estados para debater os temas que vão compor a plataforma política da Marcha.
Considerada uma das principais mobilizações do sindicalismo rural brasileiro e do movimento das mulheres, a Marcha será realizada nos dias 16 e 17 de agosto de 2011, na Esplanada dos Ministérios. Com o lema "2011 razões para marchar por desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade", a Contag espera reunir 100 mil mulheres trabalhadoras rurais das diferentes regiões brasileiras em Brasília. "Vamos propor e negociar políticas públicas específicas para aquelas que vivem no campo e na floresta", afirma Carmen Foro, secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag.
Além de traçar estratégias políticas e organizativas da Marcha das Margaridas 2011, as lideranças participam, durante o seminário, de um amplo debate sobre conjuntura, políticas públicas, saúde da população do campo e da floresta e temas afins, como aborto, violência e direitos sexuais e reprodutivos. As participantes também vão compartilhar experiências nas oficinas sobre participação democrática, organização produtiva e estratégias de comercialização; reforma agrária e acesso das mulheres à terra, e questões trabalhistas para as assalariadas rurais.
A Marcha das Margaridas foi lançada em 2000 e desde então vêm sendo realizadas a cada três anos, sempre em agosto. Esse é o mês que foi assassinada há 26 anos a líder sindical Margarida Alves. Na sua última edição, em 2007, a mobilização reuniu em Brasília cerca de 50 mil trabalhadoras rurais de todo o Brasil. A pauta de reivindicação girou em torno de temas como combate à violência, soberania e segurança alimentar e nutricional, terra, água e agroecologia, trabalho, renda e economia solidária, entre outros.
Fonte: www.pt.org.br
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