Diario de Pernambuco / Brasil
Edição de terça-feira, 1 de março de 2011
Levantamento sobre violência doméstica aponta que boa parte dos agressores repetiria a atitude
São Paulo - Um em cada quatro homens (25%) sabe de algum parente próximo que já bateu na mulher ou na namorada, enquanto 48% afirmam ter amigo ou conhecido que agride ou costuma agredir a esposa. Desses, só 8% assumem a agressão e a maioria acha errado esse tipo de comportamento em qualquer tipo de situação. Entre os homens que assumiram atos de violência contra a mulher ou namorada, 14% acreditam que agiram corretamente e 15% disseram que repetiriam a agressão.
Os dados estão no capítulo sobre Violência Doméstica e Violência de Gênero, da pesquisa Mulheres Brasileiras em Gênero nos Espaços Públicos e Privados, feita em agosto de 2010 pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc). O levantamento divulgado ontem entrevistou 2.365 mulheres e 1.181 homens com idade acima de 15 anos, em 25 estados. Das entrevistadas, 13% disseram ter sofrido ameaças de surra e 10% terem sido espancadas.
Segundo a pesquisa, 18% das mulheres - uma em cada cinco - afirmaram que foram vítimas de algum tipo de violência do sexo oposto, seja o homem conhecido ou não. As agressões mais frequentes, segundo elas, são tapas, empurrões ou sacudidas (16%), xingamentos ou ofensas relacionadas à conduta sexual (16%) e controle sobre as atividades da parceira (15%).
De acordo com a pesquisa, os homens também responderam ter sofrido algum tipo de violência por parte das mulheres (10%). Entre as modalidades de agressões, controle ou cerceamento (35%) e física (21%).
saibamais
18% das mulheres afirmaram que foram vítimas de algum tipo de violência do sexo oposto, seja de homem conhecido ou não.
25% dos homens sabem de algum parente próximo que já bateu na mulher ou na namorada
14% dos homens que assumiram já ter batido em alguma mulher acreditam que agiram corretamente
15% dos homens que disseram ter batido em alguém do sexo oposto afirmaram que repetiriam a agressão.
Fonte: Pesquisa Mulheres Brasileiras em Gênero nos Espaços Públicos e Privados
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