Em dia dedicado a reforçar aproximação com movimentos sociais, Dilma Rousseff diz ter certeza de que é 'fundamental" dialogar com eles, ao encerrar Marcha das Margaridas, maior manifestação do campesinato feminino. Segundo presidenta, críticas e sugestões dos movimentos são "essenciais", 'bem-vindas" e "necessárias". Parte das revindicações foi atendida, mas outra continuará a ser negociada. Próximo encontro margaridas-governo será em outubro.
“Tenho certeza que as críticas e as sugestão são essenciais. E, além disso, para nós, são bem-vindas. Muito bem-vindas e necessárias”, reforçou.
Dilma pronunciou um discurso de 31 minutos do jeito que o antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, gostava. Usando na cabeça um chapéu de palha que identificava o movimento ao qual se dirigia, semelhante ao das manifestantes presentes ao Parque da Cidade de Brasília – a organização do evento calcula entre 60 mil e 70 mil pessoas.
Ao assumir o microfone, entregou à secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Carmem Foro, um caderno com as respostas do governo a 158 reinvindicações da Marcha. Os pedidos tinham sido apresentados a ministros há cerca de um mês.
Segundo Dilma, foram semanas “duras” de negociação ao fim das quais não foi possível atender tudo. Para ela, no entanto, o mais importante seria a continuidade das conversas daqui para frente, para que os outros pedidos sejam desembaraçados.
“O principal resultado desta marcha é a continuidade do diálogo, do respeito, entre vocês e o governo federal, iniciado ainda pelo nosso presidente Lula”, disse Dilma. “Me comprometo a dar continuidade a esse diálogo respeitoso e companheiro”, completou.
A presidenta pretende fazer encontros semestrais com as 'margaridas', cujas marchas são quadrianuais - ocorreram em 2007, 2003 e 2000. O próximo já está marcado em outubro.
No discurso, porém, a presidenta listou algumas dos pleitos já atendidos. Disse que o governo vai construir unidades básicas de saúde para funcionar em rios, implantar centros de referência do trabalhador para gente do campo e da floresta e ampliar as compras feitas de agricultores familiares de alimentos destinados à merenda escolar, por exemplo.
Fonte: Agência Carta maior
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